domingo, 25 de agosto de 2013

Papa Francisco e o centro das atenções

O Papa veio ao Brasil. E num país, onde no último censo do IBGE as estatísticas indicaram que há 123 milhões de católicos (ainda que muitos apenas nominais), o que representa 64% da população, foi uma visita que teve uma força maior que em qualquer outro país. É bem verdade que esse percentual vem diminuindo, não somente pelo aumento da indiferença a qualquer religião, mas também pelo descrédito de alguns líderes religiosos e sobretudo, pelo crescimento das igrejas evangélicas. Mas após a visita do Papa Francisco, parece haver um renovo da fé católica. Com um carisma capaz de causar inveja ou admiração a qualquer líder político ou religioso e uma mensagem de humildade e esperança que atinge o coração dos seus fiéis e até mesmo de seguidores de outras religiões, Sua Santidade tem arrebanhado, ou melhor, trazido muitas de suas ovelhas de volta ao aprisco católico.
           
Paralelamente à visita do Papa, aconteceu no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude - Rio 2013, cujo lema foi: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mateus 28:19). O entusiasmo e a alegria dos jovens que participaram desse evento foram dignos de nota. E foi também direcionado aos jovens que o Papa, em sua homilia na missa celebrada no Santuário de Aparecida/SP, fez uma afirmação que eu seguramente assinaria embaixo. Ele disse: "É verdade que hoje, mais ou menos todas as pessoas, e também os nossos jovens, experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros". 

Vejo também que há um esforço louvável do líder maior da Igreja Católica em impedir que seus fiéis o vejam como um ídolo, mas que o vejam como um homem que, assim como todos os demais, comete erros e precisa de orações. Sem dúvida eu assinaria embaixo no seu discurso, isso se pudéssemos considerar apenas o trecho citado. Infelizmente, seu discurso completo demonstra que algo mais precisa ser dito. Ao tratar de ídolos, o Papa esqueceu que a lista inclui outros deuses e deusas que estão entranhados no catolicismo, que se colocam escandalosamente no lugar de Deus e desviam o olhar do homem carente de fé e esperança para esses ídolos que não tem poder nenhum para escutar orações. Só Deus é onisciente, ninguém mais. (Salmo 62:11). Como escutar o clamor de milhões de pessoas sem ter esse poder?
            
E não adianta somente ter um discurso de humildade, mudar o trono dourado por uma cadeira de madeira, andar em carro aberto, visitar favelas, beijar criancinhas, tomar cafezinho com os empregados, almoçar em lata de goiabada, ou mesmo tirar o tapete vermelho. Isso, qualquer homem é capaz de fazer, especialmente políticos em época de campanha eleitoral. Não adianta somente citar o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer, como ídolos de uma humanidade corrompida, é preciso dizer a lista toda (Salmo 115). Não adianta somente moralizar a cúria romana, entregar os pedófilos ou mesmo abrir o diálogo com outras religiões.

            
Sem nenhuma presunção em ensinar o que Sua Santidade já deve saber de cor e salteado, baseado na Palavra de Deus, a mesma crida pelo catolicismo, o que precisa ser feito é romper com as tradições (Mateus 15:3), com a idolatria (1 Coríntios 10:14), que o catolicismo insiste em dizer que não o é, mesmo que claramente haja orações, procissões (Isaías 45:20) e templos erguidos para adorar, isso mesmo, adorar a criatura e não o criador (Romanos 1:25). Não adianta mudar a periferia, enquanto a essência, o centro não for mudado. E mudar o centro é dar o centro das atenções exclusivamente ao Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Salvador, “porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. (Romanos 11:36). Enquanto isso não acontecer, a mensagem do novo Papa vai ser apenas mais uma mensagem. 

Que sejamos como o Apóstolo Paulo: “E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria”. (Atos 17:16).

sábado, 13 de julho de 2013

Cristão e protestante

         
Nos últimos dias estamos vendo uma onda de manifestações e protestos que varrem o país. São reivindicações em sua maior parte de natureza social e política, sobretudo transporte, educação e saúde. Também podemos ver algumas causas de natureza religiosa e também para a propagada “liberdade sexual”. Outras como, “quero uma bolsa Louis Vuitton” ou “vendo Palio 98” não faziam o menor sentido ou só tinha sentido para o manifestante. Mas em um momento como esse, muitos cidadãos são incentivados a expressarem toda a sua indignação com o poder público que ora governa o nosso país. O alvo principal, não poderia deixar de ser, é a classe política. A artilharia é pesada contra todos os políticos independentemente dos partidos a que são filiados. A corrupção instalada em nossa nação e a impunidade afrontam as pessoas de bem, que pagam seus impostos e trabalham duro para ter um pouco de dignidade. A parte lamentável é o oportunismo de bandidos disfarçados de manifestantes fazendo todo o tipo de vandalismo, roubo e agressão. É óbvio que em uma manifestação política, as chances de haver conflitos com as forças de repressão são muito grandes, mas algumas vezes parece que a coisa é manipulada, é tramada para enfraquecer o próprio movimento, afinal, não é todo mundo que tem a coragem de ir às ruas sabendo que vai encontrar uma situação de vandalismo e violência.

E os cristãos como ficam nisso tudo? Os cristãos não podem esquecer que são desse planeta e que as consequências desses movimentos afetarão a todos os brasileiros, independentemente de religião. Portanto, se manifestar a favor e participar dos protestos é uma postura legítima, assim também como é legítimo ser contra e não participar; isso é democracia. A ressalva é que, ao protestarmos, não devemos esquecer que não podemos ir com a multidão se esta contradisser a nossa postura cristã. Não podemos esquecer que antes do Brasil, a nossa pátria está no céu, temos a cidadania celestial que é a que deve ser a que mais nos move e pela qual devemos embasar toda a nossa liberdade de expressão.

Jesus, o nosso maior exemplo, repreendeu com veemência as autoridades constituídas pelos seus comportamentos, os quais não condiziam com os seus cargos (Mateus 23), porém, ele não perdeu o foco de sua missão e muito menos sua serenidade e santidade. Mas Jesus tinha um propósito firme e talvez o que nos falta seja justamente isso, um propósito, um ideal, não digo um sonho, para deixar no campo do que parece ser mais próximo, pois um ideal aparenta ser mais objetivo, mais palpável, algo que se inicia agora, neste mundo. Até devemos sonhar, mas não podemos continuar dormindo em berço esplêndido. Dessas manifestações é isso o que me encanta, pelo menos aparentemente, as pessoas recuperaram um pouco daquilo que elas acreditam que deva fazer mais sentido para as suas vidas a ponto de saírem do sofá e ir às ruas protestar. Talvez seja justamente isso que esteja faltando no cristianismo nos dias de hoje. Algo mais profundo, real, que nos tire do nosso comodismo, da nossa zona de conforto e também nos permita resistir às maiores tribulações e à nossa tentação de achar que existe um mundo fora e outro dentro da igreja.

Soren Kierkegaard, filósofo e teólogo dinamarquês, acreditava que era só fazendo um compromisso pessoal autêntico que o ser humano alcançaria a sabedoria e encheria sua vida de significado. Será que não nos falta esse compromisso?  Será que estamos nos contentando com o “aceito Jesus”? Parafraseando Evgeny Morozov, autor do livro “A desilusão com a rede: o lado obscuro da liberdade na internet”, um mundo em que professar o comprometimento pessoal com o cristianismo não requer mais do que redigir um status religiosamente consciente de Facebook, teria despertado em Jesus a mais profunda misericórdia.


sábado, 23 de março de 2013

Pr. Marco Feliciano, o poder da língua e as indiretas do mal


Deputado Pr. Marco Feliciano
Amados, nestes dias estamos vendo a polêmica causada em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que está sendo presidida - pelo menos até o momento em que escrevo estas palavras - pelo Deputado Pr. Marco Feliciano, do Partido Social Cristão. Alguns deputados e ativistas, defensores dos direitos dos homossexuais, têm feito duras críticas e forte oposição, com o apoio da grande mídia, contra a permanência do Pastor à frente da CDHM. A oposição é baseada em declarações polêmicas feitas tempos atrás pelo Pr. Feliciano sobre negros e homossexuais; grupos que tem forte atuação na comissão. Embora sejam declarações, a princípio, de ordem teológica, foram levadas para o campo moral gerando um grande problema para o Pastor Deputado. Interessante que, enquanto discute-se a situação de Feliciano, a mídia pouco fala sobre a nomeação de dois deputados, condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais importante da Câmara Federal. É fato que, em uma sociedade em que a opinião pública é manipulada pela mídia, muitas vezes o foco para assuntos importantes é desviado para atender interesses escusos. Mas Feliciano está sendo vítima, sobretudo do: tudo o que você fala (ou escreve) poderá ser usado contra você nos tribunais (de justiça ou opinião pública). Ainda mais em tempos de internet, redes sociais e afins. Líder evangélico eleito para a Câmara dos Deputados com mais de 200 mil votos, Feliciano é reconhecido por sua oratória e desenvoltura na arte da pregação. Porém, humano que é, e, portanto, sujeito a erros como todos nós, também tropeça nas palavras. Não estou discutindo sobre as suas posições, não há espaço aqui para isso, mas sim sobre o que se fala e a quem se fala.

Comumente vemos muitas pessoas descarregarem, de forma impulsiva, impensada e nada cristã (ou anticristã), sua artilharia pesada contra tudo e contra todos. Isso com uma única arma: a língua. E quando falo de língua, me refiro também à linguagem escrita. A Palavra de Deus diz que “se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago 3:2). Infelizmente ela também nos traz uma triste constatação: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” (Tiago 3:8). 

Justificativas à parte, lamentavelmente, circulam com certa frequência nas redes sociais as “indiretas do mal”, que têm endereço certo, porém, acabam envolvendo pessoas que tomam partido pelos seus, mas que nada tem a ver com a discussão. A estes somamos os que ficam se perguntando: “será que é comigo”? E as especulações: “Fulano está falando de Cicrano por causa de Beltrano”. Pronto! O diabo faz a festa: inflamada pelo inferno, e cheia de veneno mortífero, a língua, esse pequeno membro, acaba incendiando grandes bosques de bons relacionamentos construídos, muitas vezes, por longos anos. “Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.” (Tiago 3:10, tradução Almeida Corrigida e Revisada Fiel), ou ainda, na tradução Nova Versão Internacional (NVI): “Meus irmãos, não pode ser assim!” De uma mesma boca não deve proceder bênção e maldição.

E quando formos atingidos por palavras, busquemos tratar a situação de forma sincera e amorosa, sem rodeios ou hipocrisia, mas com coragem e respeito. Estando prontos para ouvir e tardios para falar, busquemos a paz com todos. Não permitamos que nenhuma raiz de amargura instale-se em nosso coração e contamine a muitos (Hebreus 12:15). Sejamos sábios: “Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores.” Tiago 3:17-18. E quanto a mim? Aprendiz de mestre que sou (ainda falta muito), recorro também a Tiago: “Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.” (Tiago 3:1). Leiam, mas leiam mesmo, Tiago 3.

sábado, 9 de março de 2013

Chuva de Meteroros



Há alguns dias dois meteoros caíram na Terra e ainda estão causando muito alvoroço nos terráqueos. Um deles, em sua queda, além dos estragos materiais, deixou cerca de 500 pessoas feridas na região dos Montes Urais na Rússia, devido à violenta onda de choque causada pelo impacto com o nosso planeta. Em relação ao outro meteoro, é impossível dizer se está causando mais estragos ou mesmo se trará benefícios. Mas literalmente falando, não há um segundo meteoro, apenas usei a linguagem figurada para descrever o grande impacto que o papa Bento XVI, líder da Igreja Católica Romana, causou ao anunciar sua renúncia no próximo dia 28. Em quase seiscentos anos, esta é a primeira vez que um papa renuncia ao cargo. O último a fazer isso foi Gregório XII, em 1415. Em um comunicado, o papa disse estar consciente da dimensão do seu gesto e que sua renúncia se deu por livre e espontânea vontade. A motivação principal de sua decisão teria sido a falta de vigor físico para liderar 1,2 bilhão de católicos no mundo, causada pela idade avançada e a saúde debilitada. A imprensa, por sua vez, bombardeia os meios de comunicação afirmando que a renúncia seria motivada pelas denúncias de promiscuidade, homossexualismo, corrupção e disputa de poder envolvendo membros da alta cúpula do Vaticano ou ligados a ela.

A queda do meteoro na Rússia e a renúncia do papa tem sido um prato cheio, não somente para imprensa, mas também para a escatologia (doutrina das coisas que devem acontecer no fim dos tempos, no fim do mundo), e para os profetas e adivinhadores de plantão. A igreja, atenta aos acontecimentos dos últimos dias tem sentido que a vinda a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo está mais próxima. Nada melhor do que eventos de grande repercussão, especialmente a renúncia do papa, para nos fazer acordar e nos tirar do secularismo e a consequente inércia para as coisas que estão acontecendo ao nosso redor. E quando fatos importantes acontecem, somos sacudidos pela realidade de sermos pó, apenas um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece (Tg 4:14). O resultado é que voltamos ao evangelho com uma leitura mais cuidadosa dos acontecimentos que deverão ocorrer antes da vinda do nosso Senhor; temos mais sede de orar e a nossa oração passa a ser mais prolongada, sentimos mais atenção com o nosso Deus. Até a frequência na igreja aumenta. Enfim, nos tornamos mais crentes. Mas fica a pergunta: até quando precisaremos dos avisos de Deus para nos sensibilizar da iminência do seu retorno a fim de buscar a sua noiva? E quando o Senhor não tiver mais nenhum aviso para nós porque já é chegado o tempo de sua volta? Estaremos prontos para este grande acontecimento?

Os cientistas dizem que a Terra é bombardeada com frequência por toneladas de material cósmico. Entretanto, os meteoros costumam ocorrer em locais desabitados - a maior parte do planeta - e muitos dos corpos que se chocam com a Terra não resistem à pressão da atmosfera e se desintegram antes de cair em solo, sem que sejam percebidos pelas pessoas. Fazendo uma analogia, a maior parte do planeta são as outras pessoas atingidas e que não percebemos os estragos causados em suas vidas. A pressão atmosférica que desintegra os meteoros é o escudo de Deus e seus anjos que nos protegem de muitas tragédias, mas não de todas. Em nossas vidas também somos bombardeados por pequenos meteoros que não percebemos e muitas vezes precisamos de um meteoro maior para nos impactar e ficarmos preparados para a vinda do nosso Salvador ou mesmo para a nossa ida até Ele. Que estejamos vigilantes.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Luto por Santa Maria



Há poucos dias testemunhamos um dos maiores incêndios ocorridos em nosso país no que resultou em uma tragédia. Uma enorme comoção tomou conta de todos ao receber as notícias sobre o grande número de jovens que perderam suas vidas de forma tão brusca na boate Kiss em Santa Maria/RS. E se já temos uma grande dificuldade em aceitar a morte, mesmo quando se dá em idade avançada em que o ciclo natural da vida é respeitado, imaginemos quando se trata de tantas pessoas que estavam no auge da sua juventude. A perda é irreparável, a dor, imensa. Foi um momento em que, os que acreditavam em Deus, se apegaram à sua fé na confiança de ter o consolo do Senhor. Orações foram realizadas, ombros oferecidos, e todos os brasileiros, inclusive a presidente, se curvaram diante da tristeza. Em momentos como esse, o clamor a Deus pela paz nos corações abatidos passa a ser a regra geral, não importando a religião. E para os cristãos, a solidariedade não é uma opção, mas uma obrigação. Obrigação esta que deve estar acima de qualquer julgamento sobre a situação espiritual das vítimas daquela boate e suas escolhas. Obviamente que o ambiente onde ocorreu a tragédia não é o indicado para quem quer ter um relacionamento mais profundo com Deus, mas Ele, somente Ele pode julgar e condenar alguém.

A tragédia de Santa Maria também nos traz a reflexão sobre se estamos preparados para a vinda do Senhor. Assim como as virgens prudentes de Mateus 25, precisamos ter azeite suficiente em nosso estoque para a chegada do Noivo. Mas não somente a vinda, precisamos estar atentos com a nossa ida ao Senhor. Enquanto muitos se preocupam apenas com a vinda, devemos ter bem claro em nossas mentes que a qualquer momento podemos estar diante do Todo-Poderoso. Para nos depararmos com a morte, não precisamos estar em boates ou em qualquer ambiente não recomendado para um cristão; ela pode estar em qualquer lugar. A questão é se estamos seguros em Deus e prontos para encontrá-lo.

Eclesiastes 7:4 diz que “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” Isso não foi escrito para proibir a diversão, mas sim para que as situações de perdas sirvam para nos alertar da necessidade de analisarmos sobre as nossas escolhas e o resultado delas para as nossas vidas. Mais um carnaval está aí e é certo que pessoas perderão suas vidas. Infelizmente, para muitos, nenhuma tragédia, por mais triste que seja, os demoverá do mau caminho. Independentemente do dia e hora, que estejamos prontos para o grande encontro com o Senhor Jesus.

Sou feliz porque nado


Certa vez li uma frase em uma camiseta que dizia: “sou feliz porque nado”. Nada contra a natação, nada, nada, nada; aliás, a natação é considerada um dos melhores exercícios físicos, trazendo ótimos benefícios para o corpo. O questionamento que trago à reflexão é o que verdadeiramente nos traz felicidade.  Teólogos, psicólogos, intelectuais, filósofos, livres pensadores, dentre outros, há séculos tentam definir o que é a felicidade e de onde ela provém. Mas se nos basearmos pelas fotos postadas nas redes sociais, podemos afirmar com segurança que somos muito felizes. A impressão que tenho é que uma bela imagem de felicidade traz status, faz parte do marketing pessoal. Quantos teriam a coragem de expor sua imagem em um estado triste? É a foto linda do casamento que não vai bem, do namoro que vive num vai-volta, dos milhares de amigos que mal sabemos o nome, tudo isso expressando muita felicidade. Para não correr o erro de julgar ninguém, prefiro acreditar que, por mais que as coisas não estejam bem, a insistência em demonstrar uma vida feliz consiste na busca desse ideal. Não uma ilusão, mas uma meta, um propósito, um sonho. E isso é saudável desde que não se perca a noção do real. Quando projetamos apenas ilusões, perdemos de vista o que é realizável. E embora muitas vezes o realizável seja apenas um pequeno passo, é este passo que garantirá a continuidade da caminhada.

É interessante como muitas vezes, quem perde uma determinada condição de vida, diz a seguinte frase: eu era feliz e não sabia. Como assim não sabia? Se não sabia é porque não tinha ideia do que é felicidade, não entendeu que a raiz da felicidade não consiste em bens, no ser humano ou em um estado de espírito. Vejamos o que diz a bíblia: “Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia!” (Salmo 34:8). Que desafio! É o próprio Deus que manda-nos provar da sua presença, do seu refúgio e ser feliz. E o que dizer do Salmo 34:12-14? “Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” Glória ao Senhor! Ele nos mostrou o caminho da felicidade. Portanto, pratiquem natação, mas antes, estejam na presença do Senhor Jesus e sejam felizes.

sábado, 20 de março de 2010

Arruda, Vagner Love e Monsenhor Luiz Marques Barbosa. Vivendo em uma sociedade sem modelos.

http://www.youtube.com/watch?v=ApxO3WR3CbA


Não! Não estou falando de modelos magricelas. Mas da falta de exemplos em que possamos nos espelhar.

Dizem que política, futebol e religião não se discutem. Na verdade, esta não é uma discussão sobre estes assuntos, os quais devem ser discutidos sim, noutro momento, quem sabe. Mas chamo a atenção para o impacto causado pelo desvio de conduta (eufemismo) de pessoas famosas e influentes, fato que comprova o momento de degradação dos valores que a sociedade atual vive. A situação é crítica.

Poderia citar vários nomes, mas três bastam para ilustrar o que estou afirmando: José Roberto Arruda, da política; Vagner Love, do esporte; e Monsenhor Luiz Marques Barbosa, da religião, são exemplos suficientes. Fico imaginando, a começar pelos seus próprios filhos (com exceção do padre, que talvez não os tenha), quantos não foram e ainda são influenciados por estes homens? Quantos sonharam um dia ser um político e ajudar a minimizar a desigualdade social, talvez um esportista dando alegrias para o seu país, ou ainda um religioso pregador das boas novas de Cristo?

Pior que desistir dessas aspirações, tamanho é o escândalo, é seguir a estes maus exemplos, mesmo sabendo quem são. Pessoas que erram e podem ser redimidas (assim como eu), mas preferem nos fazer acreditar que tudo é natural, uma ilusão de ótica, talvez.

É chocante ver que, acusado de desvio de recursos públicos, Arruda afirma descaradamente que o dinheiro seria usado para comprar panetone para o povo, Vagner Love acha natural andar no meio de traficantes e o Padre Barbosa nega que tenha abusado de jovens, embora as evidências sejam contundentes.

Não se fazem mais “Paulos” como antigamente

É evidente a falta de homens e mulheres, pelo menos entre aqueles que dão ibope, que sirvam de exemplos. Não há quem diga como o Apóstolo Paulo em sua primeira carta aos coríntios: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1 Co 1.11)
Não, ele não estava sendo arrogante, mas orientava que o seguissem como ele estava seguindo a Cristo, o maior exemplo.
Mas se não podemos fazer tal declaração, pelo menos tentemos não escandalizar aos que, direta ou indiretamente, influenciamos.

Uma luz no começo, meio e fim do túnel

Diante de tanta falta de exemplos, Jesus continua irrepreensível. Modelo de conduta, o Filho de Deus nos acalenta com suas palavras e atitudes registradas no Livro Sagrado:
“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.” (Mt 28.20)
“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.”. (Jo 13.15)