terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Luto por Santa Maria



Há poucos dias testemunhamos um dos maiores incêndios ocorridos em nosso país no que resultou em uma tragédia. Uma enorme comoção tomou conta de todos ao receber as notícias sobre o grande número de jovens que perderam suas vidas de forma tão brusca na boate Kiss em Santa Maria/RS. E se já temos uma grande dificuldade em aceitar a morte, mesmo quando se dá em idade avançada em que o ciclo natural da vida é respeitado, imaginemos quando se trata de tantas pessoas que estavam no auge da sua juventude. A perda é irreparável, a dor, imensa. Foi um momento em que, os que acreditavam em Deus, se apegaram à sua fé na confiança de ter o consolo do Senhor. Orações foram realizadas, ombros oferecidos, e todos os brasileiros, inclusive a presidente, se curvaram diante da tristeza. Em momentos como esse, o clamor a Deus pela paz nos corações abatidos passa a ser a regra geral, não importando a religião. E para os cristãos, a solidariedade não é uma opção, mas uma obrigação. Obrigação esta que deve estar acima de qualquer julgamento sobre a situação espiritual das vítimas daquela boate e suas escolhas. Obviamente que o ambiente onde ocorreu a tragédia não é o indicado para quem quer ter um relacionamento mais profundo com Deus, mas Ele, somente Ele pode julgar e condenar alguém.

A tragédia de Santa Maria também nos traz a reflexão sobre se estamos preparados para a vinda do Senhor. Assim como as virgens prudentes de Mateus 25, precisamos ter azeite suficiente em nosso estoque para a chegada do Noivo. Mas não somente a vinda, precisamos estar atentos com a nossa ida ao Senhor. Enquanto muitos se preocupam apenas com a vinda, devemos ter bem claro em nossas mentes que a qualquer momento podemos estar diante do Todo-Poderoso. Para nos depararmos com a morte, não precisamos estar em boates ou em qualquer ambiente não recomendado para um cristão; ela pode estar em qualquer lugar. A questão é se estamos seguros em Deus e prontos para encontrá-lo.

Eclesiastes 7:4 diz que “O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria.” Isso não foi escrito para proibir a diversão, mas sim para que as situações de perdas sirvam para nos alertar da necessidade de analisarmos sobre as nossas escolhas e o resultado delas para as nossas vidas. Mais um carnaval está aí e é certo que pessoas perderão suas vidas. Infelizmente, para muitos, nenhuma tragédia, por mais triste que seja, os demoverá do mau caminho. Independentemente do dia e hora, que estejamos prontos para o grande encontro com o Senhor Jesus.

Sou feliz porque nado


Certa vez li uma frase em uma camiseta que dizia: “sou feliz porque nado”. Nada contra a natação, nada, nada, nada; aliás, a natação é considerada um dos melhores exercícios físicos, trazendo ótimos benefícios para o corpo. O questionamento que trago à reflexão é o que verdadeiramente nos traz felicidade.  Teólogos, psicólogos, intelectuais, filósofos, livres pensadores, dentre outros, há séculos tentam definir o que é a felicidade e de onde ela provém. Mas se nos basearmos pelas fotos postadas nas redes sociais, podemos afirmar com segurança que somos muito felizes. A impressão que tenho é que uma bela imagem de felicidade traz status, faz parte do marketing pessoal. Quantos teriam a coragem de expor sua imagem em um estado triste? É a foto linda do casamento que não vai bem, do namoro que vive num vai-volta, dos milhares de amigos que mal sabemos o nome, tudo isso expressando muita felicidade. Para não correr o erro de julgar ninguém, prefiro acreditar que, por mais que as coisas não estejam bem, a insistência em demonstrar uma vida feliz consiste na busca desse ideal. Não uma ilusão, mas uma meta, um propósito, um sonho. E isso é saudável desde que não se perca a noção do real. Quando projetamos apenas ilusões, perdemos de vista o que é realizável. E embora muitas vezes o realizável seja apenas um pequeno passo, é este passo que garantirá a continuidade da caminhada.

É interessante como muitas vezes, quem perde uma determinada condição de vida, diz a seguinte frase: eu era feliz e não sabia. Como assim não sabia? Se não sabia é porque não tinha ideia do que é felicidade, não entendeu que a raiz da felicidade não consiste em bens, no ser humano ou em um estado de espírito. Vejamos o que diz a bíblia: “Provem, e vejam como o Senhor é bom. Como é feliz o homem que nele se refugia!” (Salmo 34:8). Que desafio! É o próprio Deus que manda-nos provar da sua presença, do seu refúgio e ser feliz. E o que dizer do Salmo 34:12-14? “Quem de vocês quer amar a vida e deseja ver dias felizes? Guarde a sua língua do mal e os seus lábios da falsidade. Afaste-se do mal e faça o bem; busque a paz com perseverança.” Glória ao Senhor! Ele nos mostrou o caminho da felicidade. Portanto, pratiquem natação, mas antes, estejam na presença do Senhor Jesus e sejam felizes.