sábado, 23 de março de 2013

Pr. Marco Feliciano, o poder da língua e as indiretas do mal


Deputado Pr. Marco Feliciano
Amados, nestes dias estamos vendo a polêmica causada em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que está sendo presidida - pelo menos até o momento em que escrevo estas palavras - pelo Deputado Pr. Marco Feliciano, do Partido Social Cristão. Alguns deputados e ativistas, defensores dos direitos dos homossexuais, têm feito duras críticas e forte oposição, com o apoio da grande mídia, contra a permanência do Pastor à frente da CDHM. A oposição é baseada em declarações polêmicas feitas tempos atrás pelo Pr. Feliciano sobre negros e homossexuais; grupos que tem forte atuação na comissão. Embora sejam declarações, a princípio, de ordem teológica, foram levadas para o campo moral gerando um grande problema para o Pastor Deputado. Interessante que, enquanto discute-se a situação de Feliciano, a mídia pouco fala sobre a nomeação de dois deputados, condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais importante da Câmara Federal. É fato que, em uma sociedade em que a opinião pública é manipulada pela mídia, muitas vezes o foco para assuntos importantes é desviado para atender interesses escusos. Mas Feliciano está sendo vítima, sobretudo do: tudo o que você fala (ou escreve) poderá ser usado contra você nos tribunais (de justiça ou opinião pública). Ainda mais em tempos de internet, redes sociais e afins. Líder evangélico eleito para a Câmara dos Deputados com mais de 200 mil votos, Feliciano é reconhecido por sua oratória e desenvoltura na arte da pregação. Porém, humano que é, e, portanto, sujeito a erros como todos nós, também tropeça nas palavras. Não estou discutindo sobre as suas posições, não há espaço aqui para isso, mas sim sobre o que se fala e a quem se fala.

Comumente vemos muitas pessoas descarregarem, de forma impulsiva, impensada e nada cristã (ou anticristã), sua artilharia pesada contra tudo e contra todos. Isso com uma única arma: a língua. E quando falo de língua, me refiro também à linguagem escrita. A Palavra de Deus diz que “se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago 3:2). Infelizmente ela também nos traz uma triste constatação: “Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.” (Tiago 3:8). 

Justificativas à parte, lamentavelmente, circulam com certa frequência nas redes sociais as “indiretas do mal”, que têm endereço certo, porém, acabam envolvendo pessoas que tomam partido pelos seus, mas que nada tem a ver com a discussão. A estes somamos os que ficam se perguntando: “será que é comigo”? E as especulações: “Fulano está falando de Cicrano por causa de Beltrano”. Pronto! O diabo faz a festa: inflamada pelo inferno, e cheia de veneno mortífero, a língua, esse pequeno membro, acaba incendiando grandes bosques de bons relacionamentos construídos, muitas vezes, por longos anos. “Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.” (Tiago 3:10, tradução Almeida Corrigida e Revisada Fiel), ou ainda, na tradução Nova Versão Internacional (NVI): “Meus irmãos, não pode ser assim!” De uma mesma boca não deve proceder bênção e maldição.

E quando formos atingidos por palavras, busquemos tratar a situação de forma sincera e amorosa, sem rodeios ou hipocrisia, mas com coragem e respeito. Estando prontos para ouvir e tardios para falar, busquemos a paz com todos. Não permitamos que nenhuma raiz de amargura instale-se em nosso coração e contamine a muitos (Hebreus 12:15). Sejamos sábios: “Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores.” Tiago 3:17-18. E quanto a mim? Aprendiz de mestre que sou (ainda falta muito), recorro também a Tiago: “Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.” (Tiago 3:1). Leiam, mas leiam mesmo, Tiago 3.

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