Deputado Pr. Marco Feliciano |
Amados, nestes dias estamos
vendo a polêmica causada em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da
Câmara dos Deputados, que está sendo presidida - pelo menos até o momento em
que escrevo estas palavras - pelo Deputado Pr. Marco Feliciano, do Partido
Social Cristão. Alguns deputados e ativistas, defensores dos direitos dos
homossexuais, têm feito duras críticas e forte oposição, com o apoio da grande
mídia, contra a permanência do Pastor à frente da CDHM. A oposição é baseada em
declarações polêmicas feitas tempos atrás pelo Pr. Feliciano sobre negros e
homossexuais; grupos que tem forte atuação na comissão. Embora sejam
declarações, a princípio, de ordem teológica, foram levadas para o campo moral
gerando um grande problema para o Pastor Deputado. Interessante que, enquanto
discute-se a situação de Feliciano, a mídia pouco fala sobre a nomeação de dois
deputados, condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal, para a
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a mais importante da Câmara
Federal. É fato que, em uma sociedade em que a opinião pública é manipulada
pela mídia, muitas vezes o foco para assuntos importantes é desviado para
atender interesses escusos. Mas Feliciano está sendo vítima, sobretudo do: tudo
o que você fala (ou escreve) poderá ser usado contra você nos tribunais (de
justiça ou opinião pública). Ainda mais em tempos de internet, redes sociais e
afins. Líder evangélico eleito para a Câmara dos Deputados com mais de 200 mil
votos, Feliciano é reconhecido por sua oratória e desenvoltura na arte da
pregação. Porém, humano que é, e, portanto, sujeito a erros como todos nós,
também tropeça nas palavras. Não estou discutindo sobre as suas posições, não
há espaço aqui para isso, mas sim sobre o que se fala e a quem se fala.
Comumente vemos muitas
pessoas descarregarem, de forma impulsiva, impensada e nada cristã (ou
anticristã), sua artilharia pesada contra tudo e contra todos. Isso com uma
única arma: a língua. E quando falo de língua, me refiro também à linguagem
escrita. A Palavra de Deus diz que “se alguém não tropeça em palavra, o tal é
perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo.” (Tiago 3:2).
Infelizmente ela também nos traz uma triste constatação: “Mas nenhum homem pode
domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha
mortal.” (Tiago 3:8).
Justificativas à parte, lamentavelmente, circulam com certa
frequência nas redes sociais as “indiretas do mal”, que têm endereço certo,
porém, acabam envolvendo pessoas que tomam partido pelos seus, mas que nada tem
a ver com a discussão. A estes somamos os que ficam se perguntando: “será que é
comigo”? E as especulações: “Fulano está falando de Cicrano por causa de
Beltrano”. Pronto! O diabo faz a festa: inflamada pelo inferno, e cheia de
veneno mortífero, a língua, esse pequeno membro, acaba incendiando grandes
bosques de bons relacionamentos construídos, muitas vezes, por longos anos.
“Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.” (Tiago 3:10, tradução Almeida
Corrigida e Revisada Fiel), ou ainda, na tradução Nova Versão Internacional
(NVI): “Meus irmãos, não pode ser assim!” De uma mesma boca não deve proceder
bênção e maldição.
E quando formos atingidos
por palavras, busquemos tratar a situação de forma sincera e amorosa, sem
rodeios ou hipocrisia, mas com coragem e respeito. Estando prontos para ouvir e
tardios para falar, busquemos a paz com todos. Não permitamos que nenhuma raiz
de amargura instale-se em nosso coração e contamine a muitos (Hebreus 12:15). Sejamos
sábios: “Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois,
pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos,
imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores.”
Tiago 3:17-18. E quanto a mim? Aprendiz de mestre que sou (ainda falta muito),
recorro também a Tiago: “Meus irmãos, não sejam muitos de vocês mestres, pois
vocês sabem que nós, os que ensinamos, seremos julgados com maior rigor.”
(Tiago 3:1). Leiam, mas leiam mesmo, Tiago 3.
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